28.3.08

“e a história se repete”
[21:47_23/03]

agora são 05:52:30.

quanto tempo dura a eternidade pra você?

eis aqui o embrião de tudo.
caminhos distintos que acabam convergindo em algum ponto. pessoas vão aparecendo, outras vão saindo. e se não tivéssemos feito aquela escolha? estaríamos aqui? teríamos conseguido?

18 meses atrás.

muito tempo pra você?
essa imensidão de dias não tem o poder de reparar os estragos causados por 1 segundo de despreparo. aquele 1 segundo que vai lhe perseguir pelo resto da vida.

poderia ter mudado? poderia ter sido diferente? talvez. eu não me ateria a esses pormenores, detalhes irrisórios, e focaria meus objetivos no que ainda está por vir.

eu salvaguardo meu passado para poder viver o presente.

todos esses fragmentos de histórias formam o que somos hoje. realmente poderia ter sido diferente. e vai ser, quantas vezes mais for necessário.

agora são 05:57:15.

[estes podem ter sido os 285 segundos mais importantes de sua vida]

...

a noite ela me chama:
“- quem sabe poderei um dia ser completa?”

e a história se repete outra vez mais. sobre a vitória eu sei
[“- o nada...”]

pudera, nunca me viu tentar. entenda: na vida, vencer é perder
contraditório, eu sei
[“- que nada...”]

“e se tudo o que julguei não ter valor se for?”

singela a sua forma de pensar.
tão pouco aprende quem teme errar

do teu fracasso eu sei.
[” - de nada”]

se inicia a provação.

não existe um atalho para o fim.


[nunca fui bom em fingir ser só mais um no mundo. lamento o dia de ontem, e o presente negligenciado já nem me importa mais. de repente não se ouviria mais da dor e nem pareceria que acabou. um ano se passou mas outro não ia passar. continua a provação]


[por max neckle, entre 2004 e 2008. a 2ª base lírica dos últimos anos está aqui alinhada.]

13.3.08

"in finnish [chuva fina ou “what you read means suicide?”]"
[00:31_20/08]

[todas as verdades cabem aqui dentro. you know you're lost when you feel transparent. 12pm and your dusty telephone rings. te convencer a ficar é diferente de não te deixar ir. e eu que nao abria a janela do quarto...agora vive aberta pra eu olhar. I guess this time you’ve crossed the line cause I can’t feel my heart beat. this a sick cycle carousel, esse ano está tudo torto. a mão que te apedreja é a mesma que afaga. dessa vez tudo isso vai ter que funcionar. 11am, 10/03/08, um ano, 250 emails depois, o lixeiro passa pra colecionar as neuroses. e afaga a falta do que nunca [ou sempre] teve. talvez todas as minhas verdades estejam aqui, sejam elas verdadeiras ou falsas.]

(e nesse instante, 01:17, de um domingo, obviamente insone, ele acorda rodando mais uma vez na cama, se afogando nos travesseiros. tudo passa, tudo muda o tempo todo, a cidade deveria estar em chamas, mas NÃO ESTÁ. um andar cai por vez, e todas as mentiras são sempre percebidas, por mais cobertas que estejam. as letras menores servem pra esconder. você acha que sabe mas não faz nem idéia. meio dia, meia noite, meia hora, meio ausente. ele queria ter meios de botar pra fora. isso aqui parece uma revista de palavras cruzadas, com dor no peito, jogo perdido, e tesoura, papel e pedra para os argumentos válidos. letra embola, palavra entala, enlata e não sai. and this world is our world and changes everyday. ele sempre soube que aqui, deveria vir aquela frase, que não cabe mais.)

[queria gostar menos dela pra pegar pesado o suficiente, e apesar de eu não enxergar nela uma maior vontade de prestar atenção n[ess]as coisas, isso não diminui a importância dela pra mim. o tópico deveria ser esse, mas não é. tem três histórias aqui. uma mal explicada, uma resolvida e uma incógnita. não queimaram, mas ainda tem uma cidade pra ser incendiada. o ponto final sempre foi mais adiante, mas eu acabei de encontrá-lo.]
"ignore the smoke"
[11:29_28/02]

Sabe isso aqui?

tá errado. elas vivem no mínimo 2 semanas.
e tá mais provado que essas 300 e poucas horas sejam as suficientes pra
qualquer um fazer o que der na telha e tentar se redimir

[pra esse final de semana, acho que eu mereço coletar os links de todas as histórias mal sucedidas. um dia pode ter utilidade.]

[falta de paciência não combina com 3ª pessoa. ele não se irrita. eu me irrito]
"in brightest hour, of my darkest day"
[12:00_24/01]

talvez esse seja o texto mais confessional daqui. [ou melhor, o já postado. tinha um sobre alguém que era genial, mas que foi perdido numa das formatações.]

sem pudores, a 15 horas atrás, dentro de um mesmo espaço coletivo participei de um encontro de três gerações diferentes abarrotadas de problemas.

voltamos até 2005; ano-raiz de tudo isso aqui. todas as fundações líricas desse espaço estão ali [e no canto direito, se alguém for curioso, consegue "imagetizar" as coisas que por ali se passavam. já adianto, demora um tempo], e ontem algumas coisas relacionadas à isso foram postas à prova.

ali, a conclusão unânime que se chega é a de que crescer é a coisa mais surreal da face da terra.
os problemas são outros. as conversas são outras, as prioridades são outras, e a grande questão é como cada um lida com isso.

from my perspective, é difícil encarar a cara mais velha no espelho [seja ela culpa do café, ou do excesso de trabalho, ou da falta de sono, ou do excesso de neurose], mas também é fácil enxergar que ela é a responsável pelo valor das coisas finalmente ser enxergado.
posso dizer que daqui as coisas mudaram sim. não importa se acrescentando uma cineasta, dois designers e uma fábrica mal-assombrada pras estrelas tatuadas nas mãos, se tentando enxergar a vida profissional com um certo "descompromisso", só pra não virar úlcera, se encontrando paixões anônimo-instantâneas nas gôndolas de livros de comunicação social de uma megastore qualquer só pra ter um pouco de ânimo numa manhã cinzenta, se chegando a conclusão que a "melhor amiga" de outrora virou a "mulher da vida" pra agora, se tendo qualquer surpresa anímica via e-mail numa tarde entediante na frente de um computador, se cortando cordões de confiança com elementos que a muito deixaram de representar um porto seguro, ou qualquer outra variante.


[ai entra mais um daqueles devaneios: talvez a gente consiga fazer com que os problemas, que a algum tempo atrás dinamitaram toda e qualquer convivência estabelecida até aquele momento sejam relevados. os neurônios cresceram, e talvez a desconfiança possa ter diminuído.]

5.3.08

“everything you ever wanted to know about silence”
[16:31_29/02]

começou sendo sobre silêncio, certo? foi a falta de movimento do ar que fez essas malfadadas terem sentido.
vamos lá então, na honestidade. sempre tive problemas bem sinceros com rompimentos. desde 2005 pra ser mais preciso. antes disso, os 2 ou 3 que eu tive foram “tranqüilos”, dentro do esperado, óbvio. doeram, mas não contaram com a horrenda sensação de “longa despedida”.

de agosto do ano supracitado pra frente, rolou alguma coisa que eu não sei explicar.
não sei se foi a porrada na cara dessa ai, não sei se foi porque dessa vez foi mais abrangente do que sempre foi, mas uma coisa é fato: eu calei a boca, e não tomei as atitudes que deveria ter tomado. e continuei não tomando. montei um blog pra não berrar, retornei pq tava ocupado e cansado demais pra não o fazer e continuei empurrando tudo com essa barriga-sanfona branquela que eu tenho.

mas agora já deu o que tinha que dar. não tô nessa sintonia e a largura de banda da minha paciência tá bem fechada. só foco ali, na freqüência específica.
começou no carnaval, sem muita dor, sem muita satisfação, mas sincero como eu sempre tentei ser.
de lá pra cá, é questão de coragem. tem mais 2 na lista de pendências, e mais uma que não depende só de mim, mas esse não é o mérito.
voltando ao assunto, desde 2005 eu odeio esses “a gente precisa conversar”. não pq eu quero fugir da conversa, NUNCA. diálogo, troca de idéias, neurose, paranóia, mesa de bar, leia-aqui-o-nome-que-você-queira-dar, enfim, nunca foi um problema pra mim, mas é que a frase: “eu preciso conversar com você (com ou sem variação de pronomes pessoais do caso reto)” sempre me demonstrou, ironicamente, falta de diálogo e de sinceridade.
vamos lá, eu tento explicar.
basicamente é pq não é imediato, é prorrogativo. “a gente precisa” NÃO É “então, tá acontecendo isso, isso e isso. qual é a sua....(e aqui leia-se três horas e 45 minutos de efusivo diálogo, anyway.)”

de qualquer jeito, [e apesar de saber que eu faço isso também], essa explicação minuciosa e a necessidade quase vital de esmiuçar todo e qualquer sentido pras coisas me irrita. talvez sabendo disso eu aprenda a não fazer [a mari já agüentou isso demais, apesar de eu não enxergar nela uma maior vontade de prestar atenção n[ess]as coisas, o que não diminui a importância dela pra mim, mas que é assunto pra outro tópico] e consiga diminuir a minha também grande necessidade desses porquês, e passe, ao contrário dos últimos anos, a tomar essas atitudes e a voltar a dar esses berros, que, em um primeiro momento, já tem os seus respectivos donos e estão numa contagem regressiva não muito habitual pra terem os seus gatilhos disparados.