30.1.09

"steadily emerging with grace..."
[30/01_12:52]

foram raras as vezes que eu não misturei minhas vidas. pessoal, profissional, afetiva, amorosa,musical ou qualquer que seja. mas enfim. esse é mais um post direto [como eu espero que sejam todos este ano].

sempre imaginei que eu sairia dessa workstation por excesso de stress. por ter mandado alguém pra casa do caralho ou qualquer outra maninfestação do meu gênio forte. ou ainda pelos meus atrasos. ou melhor, por ter ido parar no todal produzindo com o alan moulder.

naum foi bem assim. na verdade foi. simplesmente foi, e isso é "engraçado", na falta de uma expressão melhor.
entrei aqui, quando ainda era em outro lugar, diante de uma teratonelada de situações inesperadas, sofri, me irritei, comi, perdi horas de sono, tomei café, corri, me confundi, quase enlouqueci, e passei por um desajuste completo de todas as sensações possíveis [quase uma escala cromática]
quando mudou pra cá, parece que tudo ficou meio dissonante. nada era tão diferente e nem tão semelhante. era uma coma, e eu naum tinha um melodyne pra dar uma editada por aqui.

e eu sempre ouvi aquelas histórias de que quando a gente tah pra morrer, passa um filme da nossa vida na frente dos nossos olhos

[mais um café...].

começou a rolar algo assim comigo agora, talvez num PPT ao invés de ser um filme, mas foi algo parecido. começei a lembrar de cada sol, cada chuva, cada correria, cada frio na barriga, cada F5 no outlook [que está constante até agora, mesmo eu falando que naum responderei mais nesse email], cada chocolate, cada telefonema, wireframe, discussão/reunião via e-mail, desespero pra sair daqui. ou pra terminar os backups, ou o nervoso por entrar no orkut as três da manhã pra dar "boa noite" enquanto tentava terminar uma análise ou organizar um evento, ou nesse mesmo ângulo que eu estou agora, ter ouvido e vivido as coisas mais intensas que eu poderia vivido em menos de um mês [que não pode ser ilustrado, porque foi web-deletado. e é extamente isso o que você está pensando.]

[já fiz minha primeira despedida por aqui. e nem tudo foi dito da maneira mais simples, mas não há porquê mudar. não foi tão crú, na verdade)

bom, preciso rever os papeis, deletar os e-mails, fazer minhas contas e organizar meus arquivos. um dia alguém pode precisar deles.
e apesar de sair bem, sabendo que foi por algo a qual eu não tinha forças para me defender [se fosse algo do "gênero" incompetência, pode crer que naum teria essa dor de corno aqui].

qualquer coisa, nos lugares de sempre, o tempo inteiro. [e a porta aberta pro que está por vir. ele não aguenta tanto barulho]

14.1.09

"so don’t dare, kill her"
[14/01_22:05]

ou seria men who love women who love-something. e no meio de tanta gente eu consigo encontrar dissonância e concisão.
já disse que eu tinha desaprendido a usar aqui como uma descarga a favor de não importunar ninguém, e de fato desaprendi cada vez mais. mas tem dia que sai. tem dia que flui.

- alô
- por favor uma pizza?
- qual sabor, jovem?
- metade alívio e metade coragem. se puder coloca manjericão e uma coca cola no pedido
- ok. 10.800.000 milisegundos no seu plugin de delay favorito. mais algo?
- por ora não. obrigado.

e se tinha a possibilidade de apagar tudo. não apagou.
como agir diante disso é que é diferente nos dias de hoje.

[continua.]

12.1.09

"amputee..."
[12/01_23:49]

sem rascunho, na vontade e na falta de ar. e tô gostando da sensação de não necessitar de uma espera pra fazer as coisas, ao contrário do que sempre foi minha vida. e gosto de saber que uma série de coisas são ligadas sem que se perceba com alguma facilidade.


dessa vez não tem raiva nem mágoa imputadas aqui. eu não preciso inventar uma desculpa e colocar pra sair via auxiliar send. é uma questão, de repente de tentar resolver isso nesse meio tempo. só queria ser melhor e/ou mais direto com as palavras [e não ficar vermelho, quente ou de qualquer outro jeito que todo mundo sabe que eu fico] e voltar a olhar o mesmo jardim na mesma hora com a mesma neblina. what junkie says is not what junkie do, but it’s all for you.

5.1.09

"poligamia, impulsividade e dispositivos USB [ou in this Holiday Inn..]"
[16/07_16:45]

"well, welcome back race fans, it's cavalcade sport time again..." diria Palumbo em 2002
Pois é, bem vindos [novamente] ao começo de 2007.

[e dessa vez a formatação não fodeu os meus desabafos. ainda tem muito espaço a ser ocupado com reclamação.]

definitivamente eu não entendo o porquê esse jogo me atrai. não é o meu papel, não consigo ser assim, não consigo disfarçar o rosto, mas não curto essa brincadeira.
sem nem pensar que isso acontece justamente durante os piores colapsos do meu tempo/espaço. parece que eu atraio esse problema justamente quando eu não preciso de mais problemas

[17:00. o telefone não toca, o trabalho e o café me chamam. 17:05. o telefone não toca, o trabalho não me chama e o café já acabou]

qual é a idéia de colecionar nomes na agenda? acessibilidade? massagem no ego?
não nego que isso também me conforta, mas tem dois gumes. nunca gostei de ser a segunda opção quando sou melhor que a primeira, ou quando a minha primeira opção não me faz bem.
sempre virtualizei minha segunda opção. [que seria o meu mundo perfeito]
e foi exatamente isso que nunca me deixou seguir muito além do que eu julgava ser um problema.

[como ela consegue repetir as mesmas frases? jura que não tem nenhum lapso de “culpa” quando você faz isso? nem quando você espelha suas atitudes com relação a ele e reflete em outra pessoa? diria o médico de algumas histórias abaixo. goodbye almond eyes]