18.10.07

“paranoia translates the new tone”
[10:29_4/10]


não conversar é sempre acabar com alguém que tem neuroses à flor da pele.
Só que, disso tudo, realmente a pior parte são as sensações [que ninguém sente]

[...e vocês nunca conseguem ficar tranqüilos. não se preocupa Rafa. tem algum indício? tem alguma prova? então para de procurar motivo e fica sossegado]


ou não.
na verdade eu tenho todos os motivos pra me preocupar, sim. principalmente as minhas falhas [que não são poucas ]


antes de tudo, que fique bem claro que so eu quem fiz o meu Átropos. ele se alimenta de café, corta todos os cordões por ai com uma tesoura de estupidez e arrogância, e foi criado basicamente de lembranças e de tudo que eu já apontei nos outros mas que eu fiz. tudo de ruim o que eu sinto foi por tudo o que eu já fiz



[quem é hipócrita de verdade aprende a ser. eu aprendi]
“and she’s gone”
[17:39_11/06]


- e se não fosse ela? se fosse qualquer outra que já passou por aqui?
seria desse jeito?
[já foi. acho que já foi]

eu me questionei demais durante esse tempo sobre o quanto de "mentira [?]" já teve essa história inteira. [E sobre como eu já fiquei tentando mentir pra mim mesmo. this a sick cycle carousel].

Mas não.
Não me importa mais. [comodismo e amor parecem, mas são coisas bem diferentes. encarar coisa nova ou voltar em antiga é arriscado. pra todo mundo envolvido]

Mas acabaram as dúvidas.
Não sei se tem mais céu vermelho [se tiver, that holding hands are so powerless]
Não sei se tem mais conversas de horas na escada. [tonight i’m not alone.]

Mas tem sol na janela. Acaba ai e eu sei que em vista de um ano atrás, quando tudo doía muito mais e de quase todos os modos possíveis, e em vista de tudo o que eu não gosto hoje, pelo menos eu não tenho tempo, insônia e ócio pra sofrer mais.


(L)

[alguém entende. a culpa é da falta de tempo sempre. are you in?]
“we'll ride a thousand miles”
[09:37_11/05]

rotina é uma desgraça pra quem tem memória fotográfica.
foi umas das coisas que eu pensei no ônibus agora de manhã. É incrível como, do nada, aparecem lembranças de situações que aconteceram a algum tempo [brainstorm rápido: esses textos SÓ falam de lembranças.]

[“It would read a thousand lies and show us we are empty” / “I've sold a thousand lies for you”. Gostaria de saber o místério por trás da metáfora das milhares de mentiras]


mas também é engraçado se atentar ao fato de que eu ando tão sem tempo que uma coisa que era rotineira, como lembrar de qualquer coisa a qualquer momento por qualquer motivo passa em branco por qualquer outra prioridade

[preciso de fósforo ou de tempo livre?]
"desespero na bossa-nova...[ou tem manjeiricão no feijão, rafa]"
[12:22_23/04]


ps: 2 meses depois. a "falta de problemas" como diria a Mariana durou isso.
o meu desânimo por ter perdido grande parte das coisas que eu tinha escrito pra esse canto tbm durou só isso, já que, realmente, se eu perdi, era pra ninguém ter lido.

o bom é que não era nada efetivamente importante pro bom andamento das coisas por esse recinto [ou seja: definitivamente eu não estava falando mal de ninguém. mas é só isso que as crianças merecem saber.]


adendo 1:
direto da workstation, rodeado de "brinquedos" e com o paracetamol não funcionando.
e nunca o velho ditado usado pra definir o Itsari funcionou tão apropriadamente quanto dentro desse lugar.

["revólver na mão do macaco"]

essa sensação de "tiro pra tudo quanto é lado" já habita aqui a um bom tempo, e o pânico é quase tão denso como fog londrino [só não mais do que a velha sensação de sick-and-tired]

e se a idéia de que eu poderia ter manhãs parecidas com a do vídeo da Lucky Man, é esse mesmo pânico ai de cima que quase me obriga mandar tudo pro inferno.



adendo 2:

F5-automático, hora do almoço, skype pulando na tela.

- no final de semana a gente resolve”. e é incrível o que 2, 3, 10 horas de risada, e "trabalho" não façam com o ânimo de alguém.

[faço o caos do meu descanso esperando descansar, ou melhor, não fazer tudo correndo no próximo final de semana. e é mais do que óbvio que não dá certo.]

[definitivamente eu só sabia trabalhar sobre pressão pra montar PA em 2 horas ou qualquer coisa do gênero. fora isso, a pressa passa e a merda fica, diria minha diretora [e sim, ela, PRINCIPALMENTE deveria fazer isso funcionar] e na boa, ele não aguenta muito volume.]

[...]


e eis que alguns dias depois realmente o Complexo de Burnout veio à tona...

os últimos dias, como sempre foi toda vez que eu precisei vir desabafar aqui foram motivadores de uma série de reflexões, conversas, descobertas e sensações que eu não sei se condiz com o meu tempo de lucidez diária que eu realmente tenho, mas como diria minha querida vocalista, eu gosto desse turbilhão incessante de idéias.

- a primeira - é isso mesmo que eu quero? porque que um simples papel besta ou um lugar consegue mexer tanto comigo? [should I kill or should I left behind? E MAIS DO QUE NUNCA NESTE EXATO MOMENTO EU QUERIA MATAR]
vale o esforço? ou não...

- a segunda – “será que não é perigoso ela gostar do que você escreve e não de quem você é?”
no meio do hangar 110, num show do envydust [alguém se lembra do poder catártico disso em mim? a barra de rolagem também funciona em falta de memória] junto com as suaves lembranças... [RÁ] do porquê as coisas não deram certo algum dia, e a tentativa de compreensão de como elas são hoje...

[i remember our favourite times...my favourite to forget]

na verdade esse troço mexeu comigo mais do que devia [dúvidas? texto anterior.]
e todo esse tempo de convívio realmente me trouxe algumas coisas que eu não pensei em voltar a pensar algum dia. mas vieram, e eu tenho que encarar

essa penúltima entre colchetes é uma delas.
foi surpresa ouvir a mesma coisa duas vezes no mesmo dia, e justamente uma delas ser sobre o que eu ando escrevendo [...I guess this time you’ve crossed the line cause I can’t feel my heart beat...].
cruzar isso foi interessante. no mesmo brainstorm eu me enxergo fazendo cursinho, sabendo [ou não] o que fazer da vida e hj em dia, sabendo [ou não] o que fazer da vida

a minha sorte nos últimos é não ter um relacionamento com alguém que me trai com algum dos meus amigos [from this perspective, acho que por pior que esteja, eu lembro dessas coisas e vejo que eu já estive muito pior]

voltando, hj em dia as coisas estão bem diferentes. o filme já mudou, os atores já trocaram de papel, minha vida já virou uma fábrica de máscaras de papel machê pra outras pessoas e eu tento não me importar mais com isso. pelo menos me sinto mais confortável escutando novas histórias, procurando novos timbres e me demonstrando mais intolerante com quem aparece com atitude imbecil perto de mim.

[eles usam máscaras. podem ser as de papel machê. eu uso plugin. VST de preferência.]

[offtopic: isso foi escrito durante o dia inteiro. em pausas, em surtadas. com ou sem neosaldina/cafeína]

- a terceira – a equação frio/noite/centro/luz tem um resultado que eu naun consigo explicar. Esse final de semana, depois de muito tempo sem tempo, eu passei nos mesmo lugares que eu andava com meu pai [de novo, me remeti as férias de 2000, com a gente voltando da expomusic, passando na galeria pra eu comprar tênis e ainda encantando com a quantidade de cds que tinha naquele lugar, ainda olhando pra soulshadow como se aquilo fosse um lugar único no universo. e é. E ainda me deixa com olhos brilhantes só de chegar perto.]