"It started as a whisper..."
[05:00_16/04]
já era pra isso ter sido feito.
a mais tempo do que se possa imaginar, acho.
você sabe quando você acha um lugar, é...só seu?
uma das minhas [muitas] memórias de infância passa por um livro, que o autor fala de um "ponto"
esse "ponto" nada mais é do que esse lugar, que cada um encontra pelo menos uma vez ao longo dos zilhões de segundos que vive.
quando eu era mais novo, esse ponto era a cama da minha mãe...
jah foi a minha sala.
e hoje eu acho que são algumas ruas em especial...
tah, tah bom, sem enrolar...
tudo isso só tah saindo aqui pq eu descobri que eu regredi em algumas coisas.
falar o que me dá na telha é uma delas.
logo eu, a mistura perfeita do Clayman do In Flames com o Dear Life... do Hateen, ou seja, alguém que com toda certeza jah tomou muito tapa na cara, um viciado em café em potencial, e alguém que odeia mentira e ficar curioso por algo, além de ter uma atração um tanto quanto esquisita por luzes vermelhas de qualquer espécie, calendários e qualquer coisa que aparente ser o mais urbana possível...
e como eu cheguei a conclusão de que, na real, minha vida nos últimos tempos se motiva realmente a tentar parecer o mais agitada possível, a gente volta nas histórias das ruas lah do começo...
ruas, carro, degradée de luz no céu, fumaça, vitrines, luzes, luzes, luzes...como sempre, ever and ever...
é quase impossível pra mim, andar e naun lembrar de alguma coisa, por mais soterrada que ela pudesse estar. não importa que eu esqueça depois de um tempo.
eu VOU lembrar.
[apesar de odiar com todas as minhas forças viver nostalgia. e de amar a minha memória, por mais "dedo-no-olho" que ela seja]
voltando, grande parte disso aqui começou a alguns dias atrás.
grande parte das minhas reflexões jah aconteceram no quadrilátero Dr. Arnaldo/Cardeal Arcoverde/Pedroso de Moraes/Artur De Azevedo. desde aquelas ilusões de pré-adolecente voltando da Ludoterapia e tentando esquecer a menina da minha sala no colégio, que eu era apaixonado na época, até as caminhadas apressadas atrás de presente de aniversário, também brigando com meus conflitos internos por causa de alguém.
[e atravessa a rua. e olha de um lado. e para. e espera.
e lembra.]
[18:27/21°]
"esse farol não abre..."
[18:28/21°]
"vai logo, catzo..."
[18:29/20°]
"ah, mano...foda-se...."
e olho alguém...que com toda a certeza naun tem um terço da pressa que eu tô agora...
[farol abre.]
pois é...
jah vi essa rua de outros 2 ângulos.
um, bem parecido com o de agora, mas com o "foda-se" ligado. e bem ligado, diga-se de passagem
outro, 180° diferente. bem. sorridente com o telefonema do dia anterior, e imaginando o dia seguinte
"poxa, a gente nunca se vê...tô com saudade, mano...mas amanhã eu te vejo, e acho bom...." em um tom que vc até enxerga o sorriso, via telefone mesmo. é....sorrir é bom pra caralho...
[farol fecha. e a recorrente luz vermelha aparece de novo]
"Desencana, anta. VIVE. Ela mesmo falou isso pra você. Em sonho, mas falou. Para de se detonar, porra..."
e eu odeio esses meus lapsos "tom-&-jerryanos" de briga interna. principalmente pq eu esqueço de atravessar a rua.
whatever, "ainda tenho coisa pra fazer", penso eu.
e tenho mesmo.
na primeira vitrine, jah tem algo "engraçado". quase 7 da noite e um casal de idade jah, tomando chá. mal dah tempo de eu pensar e eu jah tenho que desviar de uma mulher e seu cachorro, que é quase do tamanho da calçada.
a direita ainda, uma loja com um letreiro enorme em contagem regressiva para a Copa do Mundo.
"porra, eu naun suporto futebol. uma renca de coisa acontecendo e o povo pensan...."
outro cachorro. dessa vez eu até olho o bichano. mas naun dá tempo de prestar muita atenção.
o olhar de alguém faz eu me desviar um pouco...
"provavelmente ela deve ter me achado engraçado. correndo que nem um louco logo aqui, com as tranças batendo nos ombros e uma touca quase caindo. ou não. mas fuck off..."
olho pra mesma vitrine que ela e até me divirto com o preço das coisas que estão expostas.
"povo doido. mó grana esse troço ai..."
não que eu nunca tenha gasto assim, por sinal, essa calça aqui jah me deu bastante dor de cabeça.
mas só o fato de lembrar que ela jah durou 5 desilusões amorosas faz eu me divertir um pouquinho...
"putz, preciso de um café", olhando pra esquerda e vendo bastante gente sentada se divertindo. afinal, amanhã é feriado, o povo quer mais é relaxar...e como sempre, eu deixo pra pensar nisso depois...ainda tenho que andar
"é essa né...cheguei..."
e atravesso a rua. sem olhar mesmo...
"but it laughs back at you now, right back at you now..." é a ultima coisa que entra na cabeça, antes de eu reparar no vazio daquelas escadas rolantes...
"é...me vê uma M dessa, por favor"
[05:00_16/04]
já era pra isso ter sido feito.
a mais tempo do que se possa imaginar, acho.
você sabe quando você acha um lugar, é...só seu?
uma das minhas [muitas] memórias de infância passa por um livro, que o autor fala de um "ponto"
esse "ponto" nada mais é do que esse lugar, que cada um encontra pelo menos uma vez ao longo dos zilhões de segundos que vive.
quando eu era mais novo, esse ponto era a cama da minha mãe...
jah foi a minha sala.
e hoje eu acho que são algumas ruas em especial...
tah, tah bom, sem enrolar...
tudo isso só tah saindo aqui pq eu descobri que eu regredi em algumas coisas.
falar o que me dá na telha é uma delas.
logo eu, a mistura perfeita do Clayman do In Flames com o Dear Life... do Hateen, ou seja, alguém que com toda certeza jah tomou muito tapa na cara, um viciado em café em potencial, e alguém que odeia mentira e ficar curioso por algo, além de ter uma atração um tanto quanto esquisita por luzes vermelhas de qualquer espécie, calendários e qualquer coisa que aparente ser o mais urbana possível...
e como eu cheguei a conclusão de que, na real, minha vida nos últimos tempos se motiva realmente a tentar parecer o mais agitada possível, a gente volta nas histórias das ruas lah do começo...
ruas, carro, degradée de luz no céu, fumaça, vitrines, luzes, luzes, luzes...como sempre, ever and ever...
é quase impossível pra mim, andar e naun lembrar de alguma coisa, por mais soterrada que ela pudesse estar. não importa que eu esqueça depois de um tempo.
eu VOU lembrar.
[apesar de odiar com todas as minhas forças viver nostalgia. e de amar a minha memória, por mais "dedo-no-olho" que ela seja]
voltando, grande parte disso aqui começou a alguns dias atrás.
grande parte das minhas reflexões jah aconteceram no quadrilátero Dr. Arnaldo/Cardeal Arcoverde/Pedroso de Moraes/Artur De Azevedo. desde aquelas ilusões de pré-adolecente voltando da Ludoterapia e tentando esquecer a menina da minha sala no colégio, que eu era apaixonado na época, até as caminhadas apressadas atrás de presente de aniversário, também brigando com meus conflitos internos por causa de alguém.
[e atravessa a rua. e olha de um lado. e para. e espera.
e lembra.]
[18:27/21°]
"esse farol não abre..."
[18:28/21°]
"vai logo, catzo..."
[18:29/20°]
"ah, mano...foda-se...."
e olho alguém...que com toda a certeza naun tem um terço da pressa que eu tô agora...
[farol abre.]
pois é...
jah vi essa rua de outros 2 ângulos.
um, bem parecido com o de agora, mas com o "foda-se" ligado. e bem ligado, diga-se de passagem
outro, 180° diferente. bem. sorridente com o telefonema do dia anterior, e imaginando o dia seguinte
"poxa, a gente nunca se vê...tô com saudade, mano...mas amanhã eu te vejo, e acho bom...." em um tom que vc até enxerga o sorriso, via telefone mesmo. é....sorrir é bom pra caralho...
[farol fecha. e a recorrente luz vermelha aparece de novo]
"Desencana, anta. VIVE. Ela mesmo falou isso pra você. Em sonho, mas falou. Para de se detonar, porra..."
e eu odeio esses meus lapsos "tom-&-jerryanos" de briga interna. principalmente pq eu esqueço de atravessar a rua.
whatever, "ainda tenho coisa pra fazer", penso eu.
e tenho mesmo.
na primeira vitrine, jah tem algo "engraçado". quase 7 da noite e um casal de idade jah, tomando chá. mal dah tempo de eu pensar e eu jah tenho que desviar de uma mulher e seu cachorro, que é quase do tamanho da calçada.
a direita ainda, uma loja com um letreiro enorme em contagem regressiva para a Copa do Mundo.
"porra, eu naun suporto futebol. uma renca de coisa acontecendo e o povo pensan...."
outro cachorro. dessa vez eu até olho o bichano. mas naun dá tempo de prestar muita atenção.
o olhar de alguém faz eu me desviar um pouco...
"provavelmente ela deve ter me achado engraçado. correndo que nem um louco logo aqui, com as tranças batendo nos ombros e uma touca quase caindo. ou não. mas fuck off..."
olho pra mesma vitrine que ela e até me divirto com o preço das coisas que estão expostas.
"povo doido. mó grana esse troço ai..."
não que eu nunca tenha gasto assim, por sinal, essa calça aqui jah me deu bastante dor de cabeça.
mas só o fato de lembrar que ela jah durou 5 desilusões amorosas faz eu me divertir um pouquinho...
"putz, preciso de um café", olhando pra esquerda e vendo bastante gente sentada se divertindo. afinal, amanhã é feriado, o povo quer mais é relaxar...e como sempre, eu deixo pra pensar nisso depois...ainda tenho que andar
"é essa né...cheguei..."
e atravesso a rua. sem olhar mesmo...
"but it laughs back at you now, right back at you now..." é a ultima coisa que entra na cabeça, antes de eu reparar no vazio daquelas escadas rolantes...
"é...me vê uma M dessa, por favor"
posted by Rafael Carvalho at 4/21/2006 03:07:00 PM
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