“if god will send his angels”
[15:27_19/02]
ele clama aos Céus sem direção [o celular vibra no bolso. o monitor a sua frente nunca pareceu tão brilhante]
ela apareceu na vida dele através de um email pra coluna que escrevia no jornal local. médico, recém-formado, orgulho da pequena cidadezinha, daqueles que tinham o nome escrito na escolinha onde cursou o primário como o mérito maior do ensino aplicado ali. escrevia ali sobre dor [médico só não conhece mais dor do que os que amam], em todos os aspectos. desde o seu paciente com câncer em metástase até os corações-partidos, que tanto ele como sua filha tinham recentemente provado.
ela, uma jovem fotógrafa. já o vira diversas vezes cruzando a rua, tomando um café, comprando um jornal, mas nunca falara nada devido a correria dos dois. decidiu falar ali, naquela coluna online sobre gastrite, café e telefonemas noturnos.
ela falava instigantemente. mais uma vez ele encontrava correlação no que escrevia com o que outras pessoas sentiam.o que ela respondeu corroborou isso
[ele repassava os procedimentos, mas tudo parecia mais simples no manual.]
ainda de que longe, ele sabe que é ela.
num mundo onde o atual bestseller fala sobre sucesso e o segredo por trás disso, talvez o que mais seja engraçado é a fábrica de segredos que aqui se constrói no momento
voltando à história, tudo concisa num pôr-do-sol vermelho, numa sexta feira, na avenidinha principal da cidade. a praça, os velhinhos jogando xadrez, as crianças voltando da escola sujas de terra e de chocolate e eles ali sentados.
dessa vez ele se encontra ali, entediado, mas ironicamente tendo um ponto de vista positivo em seu brainstorm incessante.
os papéis, as chaves, o telefone, que dessa vez não tem uma luz vermelha pra sinalizar qualquer chamada.
o campo estéreo/binaural oprime.
o celular toca, mas não é o dele.
[se estivesse em silêncio seria mais confortante]
talvez sim, talvez não.
silêncio machuca, mas ele pensa como seria bom não ter saído da cama e ter ficado com seus pesadelos silenciosos ou até mesmo com o confortante sono pesado.
[já falei disso aqui. everything is everywhere, it's the butterfly effect. cinza, como sempre.]
[15:27_19/02]
ele clama aos Céus sem direção [o celular vibra no bolso. o monitor a sua frente nunca pareceu tão brilhante]
ela apareceu na vida dele através de um email pra coluna que escrevia no jornal local. médico, recém-formado, orgulho da pequena cidadezinha, daqueles que tinham o nome escrito na escolinha onde cursou o primário como o mérito maior do ensino aplicado ali. escrevia ali sobre dor [médico só não conhece mais dor do que os que amam], em todos os aspectos. desde o seu paciente com câncer em metástase até os corações-partidos, que tanto ele como sua filha tinham recentemente provado.
ela, uma jovem fotógrafa. já o vira diversas vezes cruzando a rua, tomando um café, comprando um jornal, mas nunca falara nada devido a correria dos dois. decidiu falar ali, naquela coluna online sobre gastrite, café e telefonemas noturnos.
ela falava instigantemente. mais uma vez ele encontrava correlação no que escrevia com o que outras pessoas sentiam.o que ela respondeu corroborou isso
[ele repassava os procedimentos, mas tudo parecia mais simples no manual.]
ainda de que longe, ele sabe que é ela.
num mundo onde o atual bestseller fala sobre sucesso e o segredo por trás disso, talvez o que mais seja engraçado é a fábrica de segredos que aqui se constrói no momento
voltando à história, tudo concisa num pôr-do-sol vermelho, numa sexta feira, na avenidinha principal da cidade. a praça, os velhinhos jogando xadrez, as crianças voltando da escola sujas de terra e de chocolate e eles ali sentados.
dessa vez ele se encontra ali, entediado, mas ironicamente tendo um ponto de vista positivo em seu brainstorm incessante.
os papéis, as chaves, o telefone, que dessa vez não tem uma luz vermelha pra sinalizar qualquer chamada.
o campo estéreo/binaural oprime.
o celular toca, mas não é o dele.
[se estivesse em silêncio seria mais confortante]
talvez sim, talvez não.
silêncio machuca, mas ele pensa como seria bom não ter saído da cama e ter ficado com seus pesadelos silenciosos ou até mesmo com o confortante sono pesado.
[já falei disso aqui. everything is everywhere, it's the butterfly effect. cinza, como sempre.]