4.6.08

"the gift of paralysis"
[22:28_04/06]


quisera ele que tudo na vida fosse como a casual vontade de escrever justamente na frente da máquina de escrever ou com papel e caneta à sua frente [ou ainda falar de qualquer coisa com qualquer pessoa]

"- queria falar sobre aviões," diz ele.
"- e eu falar de qualquer coisa" ela responde.

naquele dia tudo fazia todo o sentido do mundo.
ela.

com a saia pra baixo do joelho e de tênis.
como sempre o encantou.

mudaram os rostos.
mudaram as histórias, as dores e os sorrisos.

o que nunca muda é a perda de fôlego. ele é intenso demais e leva tudo muito a sério.

- o nada.



ele tem uma casa grande pra arrumar. um quarto pra organizar. uma cabeça pra colocar pra funcionar.

"- acho que cheguei a conclusão de tudo. definitivamente eu não sou o problema são os outros" tendo a mais sincera, egoista e necessária conclusão de sua vida. saber aplicá-la é que talvez seja o grande exercício

aqui, eu falei de 5. agora são 8, e ela ainda é a mais comum.


[06.03. mentiras sinceras podem lhe interessar. eu sempre preferi o lado frio da verdade. de volta ao mesmo lugar de onde nunca deveria ter saido.]

















- ...somente 2 vezes por dia.

- é... mais do que isso não funciona?

- não. ele demora pra agir, mas mais do que isso não é necessário.

- é. sempre tive receio disso fazer mal pra mim. naun queria me viciar em vasodilatadores porquê já faz um tempo que eu não respiro bem, mas queria não precisar deles.

- exatamente. por isso que eu te receitei essa dosagem. se fosse um farmcêutico você teria problemas.





ele precisa de amores-médicos. não de paixões-farmacêuticas.