25.4.08

“daydreams”
[23:30_24/04]

tem situações em que a minha eletricidade e alguma cafeína em horário impróprio atrasa meu lado.
talvez seja o cansaço. pelo menos foi o que meu pai disse hoje quando me viu. talvez seja a minha ânsia de querer que tudo se acerte logo.
pelo menos pro blog funciona. eu chego aqui vomitando tudo.

ser ansioso é uma das coisas que eu queria mudar. minha ansiosidade me joga em trópicos que eu não encontro nos mapa-múndi escolares e ir atrás disso agora realmente não é o que eu quero

[sempre gostei da idéia de colecionar estrelas. passo agora a guardar sorrisos na caixa de entrada. e os exibo no meu planetário.]

anyway, é a ânsia que realmente me incomoda. ânsia em 220v. ou melhor, com um gerador estacionado aqui na esquina. ânsia de querer que tudo mude de figura finalmente. meu cabelo já cresceu até o mesmo ponto em que estava na 1ª vez que eu realmente cortei, eu assusto senhoras quando uso uma agulha de crochê pra arrumá-lo ao invés de pente, tô de saco cheio de ter que aturar silêncio travestido de indiferença e decadência travestida de mau humor [via uma beleza decadente nessa frase, mas nunca me senti bem vivendo um “tratamento respeitável de senhora e senhor”]
além, obviamente de me frustrar toda vez que eu sento pra fazer uma mix e a merda desse computador trava. quando eu era mais novo eu lembro que eu queria ser budista, mas o café fez com que eu tirasse essa idéia louca da cabeça.

[queria correr pra fazer o carro pular de novo.]
não imaginei ter alguém por quem perder o sono, ou me corar as bochechas, ou me fazer engolir shots de café pra recuperar o fôlego num período tão curto de tempo. e tenho “medo”.

- sincero.
- de nada...


não gosto de Olavo Bilac, nem de Clarice Lispector. nem de romantismo pré-vestibular. os respeito, mas adoro opiniões polêmicas sobre o gosto alheio e ainda tenho um romantismo brega. prefiro encontrar meu refúgio literário em qualquer “metáfora-inner-struggle” de qualquer um dos meus wannabe’s

[mas que venha são paulo a noite. and i can see the headlights and pavements. com as borboletas gástricas, e os “atualizar” compulsivos que tava demorando demais pra eu ter, e não sei de qual lado isso está. e o desajuste de sensações que tudo isso representa.]
“pretty lush [ou “não, eu não senti o terremoto”]”
[14:29_23/04]


cheguei aqui na agência com vontade de escutar glassjaw. justamente o everything you ever wanted to know about silence, que tem a música mais polêmica dos últimos 6 meses.
cheguei aqui também já escutando minha diretora reclamando do atraso, que misteriosamente hoje eu não tive.

[a billion.]

preciso de catarse. de funcionalidade. eu não convivo bem em paz, nem na tranqüilidade [a menos que ela seja escura]. preciso de movimento. de obturador aberto. de luz corrida. de cidade. de freada de carro porque eu to atravessando a rua fora da faixa de pedestres.

e ela veio. ["and she/came/to see our city..."]
e viu a minha cidade. e ela coleciona sorrisos.


["it haunts my dreams", diria deus Renske, o recorrente. já usei essa frase trilhões de vezes e, novamente, ela aparece aqui, como se tivesse um post-it na minha retina. meu terremoto é diferente.]








ps: isso não é a minha versão. isso sou eu, como eu SEMPRE fui.