5.3.08

“everything you ever wanted to know about silence”
[16:31_29/02]

começou sendo sobre silêncio, certo? foi a falta de movimento do ar que fez essas malfadadas terem sentido.
vamos lá então, na honestidade. sempre tive problemas bem sinceros com rompimentos. desde 2005 pra ser mais preciso. antes disso, os 2 ou 3 que eu tive foram “tranqüilos”, dentro do esperado, óbvio. doeram, mas não contaram com a horrenda sensação de “longa despedida”.

de agosto do ano supracitado pra frente, rolou alguma coisa que eu não sei explicar.
não sei se foi a porrada na cara dessa ai, não sei se foi porque dessa vez foi mais abrangente do que sempre foi, mas uma coisa é fato: eu calei a boca, e não tomei as atitudes que deveria ter tomado. e continuei não tomando. montei um blog pra não berrar, retornei pq tava ocupado e cansado demais pra não o fazer e continuei empurrando tudo com essa barriga-sanfona branquela que eu tenho.

mas agora já deu o que tinha que dar. não tô nessa sintonia e a largura de banda da minha paciência tá bem fechada. só foco ali, na freqüência específica.
começou no carnaval, sem muita dor, sem muita satisfação, mas sincero como eu sempre tentei ser.
de lá pra cá, é questão de coragem. tem mais 2 na lista de pendências, e mais uma que não depende só de mim, mas esse não é o mérito.
voltando ao assunto, desde 2005 eu odeio esses “a gente precisa conversar”. não pq eu quero fugir da conversa, NUNCA. diálogo, troca de idéias, neurose, paranóia, mesa de bar, leia-aqui-o-nome-que-você-queira-dar, enfim, nunca foi um problema pra mim, mas é que a frase: “eu preciso conversar com você (com ou sem variação de pronomes pessoais do caso reto)” sempre me demonstrou, ironicamente, falta de diálogo e de sinceridade.
vamos lá, eu tento explicar.
basicamente é pq não é imediato, é prorrogativo. “a gente precisa” NÃO É “então, tá acontecendo isso, isso e isso. qual é a sua....(e aqui leia-se três horas e 45 minutos de efusivo diálogo, anyway.)”

de qualquer jeito, [e apesar de saber que eu faço isso também], essa explicação minuciosa e a necessidade quase vital de esmiuçar todo e qualquer sentido pras coisas me irrita. talvez sabendo disso eu aprenda a não fazer [a mari já agüentou isso demais, apesar de eu não enxergar nela uma maior vontade de prestar atenção n[ess]as coisas, o que não diminui a importância dela pra mim, mas que é assunto pra outro tópico] e consiga diminuir a minha também grande necessidade desses porquês, e passe, ao contrário dos últimos anos, a tomar essas atitudes e a voltar a dar esses berros, que, em um primeiro momento, já tem os seus respectivos donos e estão numa contagem regressiva não muito habitual pra terem os seus gatilhos disparados.

2 Comments:

Blogger Unknown said...

às vezes o "a gente precisa conversar" é só um : "desculpe a covardia. é, covardia. mas você sabe bem, eu não sou forte como você pensava, mas bem, eu finjo, finjo bem. daí eu me perco nesses montes de pensamentos que invadem cada buraco que tiver sobrado e vomito tudo em você. é porque não aguento. Meu diafragma não é tão forte assim." [esse post foi tão doído pra mim, amarelo-milho, mas tão doído, que tenho medo que nossas galáxias de pensamento deixem um dia de se encontrar..]

3/05/2008 11:51:00 AM  
Blogger hannah levy said...

2005 já era ( e já era mesmo ). hora de sair do ' calei a boca ' de alguma forma ( e isso eu digo tanto pra vc quanto pra mim etc etc )

quanto as entrelinhas no meio de nostalgias de 2005 ou seja lá o que : todo carnaval tems eu fim ( clichê, mas eu vejo graça )

3/05/2008 10:50:00 PM  

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