18.10.08

“her lips...”
[00:42_18/10]

[terrorism.]

no dia seguinte, toda "insanidade consciente" se mostra muito bem medida, e outros fantasmas aparecem [tipo o sussurro na soultrap, mas ao invés de ser "one last brother...", vira "one last monster..."]

"- por que não é ela? me diz isso, por favor. me explica racionalmente. desenha" suplica ele, pelos olhos enquanto se aperta mais no banco e se contorce, até acordar num semi-acidente.

seu irmão só concorda. não desenha, mas concorda .

[...the wishes of her body suck my soul...]

e volta a correr.

"- acho que dessa ela gostaria", ele dialoga com ele mesmo, entre adesivos e tesouras. siamese twin.

e sonha. e tenta não desanimar de nada, planejando como vai ser quando sair dali, daquele jardim.

- então vc pode chegar aqui, cantar um verso qualquer, me levar pra algum outro lugar mais quieto e simplesmente ficar em silêncio quando o mau-humor matinal bater?
diz ele, com um ar de falso desespero misturado com alguma "tentativa barata-e-implícita de soar sexy" [parecido com a "insanidade consciente" lá em cima], atravessando a praça e indo pra padaria [e não sabendo se quer pegar sua mão ou colocá-la no bolso da blusa]

- é. eu acho que eu posso.

[e sorri, encostando a cabeça no ombro dele. que tudo isso dure mais tempo]




2 Comments:

Blogger Mary said...

E insanidade se mede?E eu acho que os fantasmas sempre estão lá.Só vamos os acordando gradativamente,meio inconsciente,ou não.E no fundo temos as respostas,pra explicar porque não é.Mas são difíceis de admitir porque sempre temos esperanças de fazer o não ser,ser.E isso é o que penso agora,o tempo sempre muda tudo mesmo.
E você sabe que eu gosto de te ler porque nada aqui soa como melodrama barato[como o meu].É uma poesia diferente.

10/21/2008 02:26:00 AM  
Blogger portraits, dreams and memories said...

her lips like the taste herself

10/28/2008 08:21:00 AM  

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